
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte 6
"Sicutspiritusnavigandumest,
non potesta ire non fucunt"
(Navegar é como respirar, não
dá pra ficar sem praticar)

ILHA
SANTANA E O PORTO DE CANCALE -BRETANHA
1610
- Tendo em vista que a França estava atravessando
momentos difíceis em sua política, o que não
permitia ao Rei apoiar a empreitada de Daniel de La Touche para a
fundação da França Equinocial em terras do Maranhão
e Grão Pará, fora criada, então, uma Companhia
em parceria com os empresários Nicolau de Harley-Senhor de
Sancy e Francisco de Rasilly, Almirante da Marinha Francesa. Recebem,
contudo, Cartas Patentes Reais de Tenente General das Indias Ocidentais
e Terras do Brasil.
A pedido da Rainha Regente Maria de Médices ao Prior dos Capuchinhos
são indicados padres para liderarem uma Ordem Religiosa na
Ilha do Maranhão, sendo designados os padres Ivo D’Evreux
, Claude D’Abeville, Aarsenio de Paris e Ambrosio de Amiens,
sendo Ivo o Superior da Ordem.
01
MAR 1612 - Assinada no Porto de Cancale , Baía
de Saint Malot, Bretanha a Carta de Protesto/Promessas pelas autoridades
da Expedição Marítima ao Estado do Maranhão
e Grão Pará, para fundar a França Equinocial
há muito almejada pelos navegantes franceses. Nessa oportunidade,
são designados três navios – Nau Regente, Capitânea
de 400 Ton do Almirante Rasilly; a Nau Charlote-Carlota, a Nau Saint
Anne – Santana e um Patacho.
Esses navios da Expedição
deixam esse porto da costa ocidental da França às 06:30
hs do dia 19 de março de 1612 com destino ao litoral do Maranhão
e Grão Pará, Grande Ilha do Maranhão –
UpaonAçu indígena, onde fundariam a França Equinocial.
Na Nau CapitâneaRegente estavam embarcados Daniel de La Touche
e o Almirante Rasilly. Embarcados nos navios estavam cerca de quinhentas
pessoas entre passageiros e tripulantes. A travessia marítima
estava prevista para ser realizada em cinco meses.
13 JUN 1612 - Após
cerca de três meses enfrentando muitas tempestades, arribadas
e alteração de rotas os navios da Expedição
francesa ao Maranhão e Grão Pará cruzam a linha
equatorial e ancoram nas águas do Arquipélago de Fernando
de Noronha, onde se abastecem de água e viveres. Após
cerca de uma semana de refaziamento suspendem para navegarem pela
costa leste/oeste, litoral Nordeste/Norte do Brasil. Enfrentando tempestades
no litoral entre Tutóia e a Foz o Rio Periá, costa dos
Lençóis Grandes e Pequenos, lançam âncoras
nas águas circundantes da Ilha de Santana, a Upaon Mirim indígena
em 26 de junho de 1612.
29 JUN 1612 - Tendo,
então, reconhecido a Upaon Mirim, os franceses expedicionários
talham uma Cruz de madeira e a fincam numa colina há mil passos
da praia de desembarque, talvez onde está localizado o Farol
de Santana. Ali rezam uma missa e mandam uma incursão para
dialogar com os indígenas, acompanhados de Charles De Vaux,
exímio conhecedor das terras e águas da Grande Ilha
do Maranhão ou Upaon Açue de bom relacionamento com
os nativos. Nessa comitiva está o Almirante Razilly que ao
desembarcar em terras da Grande Ilha do Maranhão, beija o seu
solo pela primeira vez.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte 5
¨Si in viridi, viridioccurs
in mare et incarnatus est aequalis, undenulum periculum, sequaturconsuetismeatibus
¨
(No mar, se ocorrer o verde com
verde e o encarnado com o seu igual, então não há
perigo, siga o seu rumo normal)

FAROL
DA ALEXANDRIA E O OCEANO ÍNDICO - ÍNDIA
SEC.
I – ANOS 000 A 100 DC
Cerca de 3 DC - Devido
a necessidade de um mais intenso tráfego marítimo para
transportar as mercadorias de um comercio marítimo em evolução,
principalmente no Mar Mediterrâneo, entre o Egito e o Império
Romano, que importava muitos cereais, especialmente o trigo, sentiu
o navegante a necessidade de incrementar a sinalização
náutica. Para isso, foi construído o primeiro Farol
para a navegação costeira , na Ilha de Pharos , Baía
de Alexandria , litoral do Egito no Mar Mediterrâneo.
Possuia, então , cerca de 100 metros de altura , sendo idealizado
por Sostrates e construído por Cnideuse . Funcionou , assim
, por cerca de um milênio e fora considerado uma das sete maravilhas
da Antiguidade , como Farol de Alexandria .
Desde a Antiguidade que o Oceano Indico foi o principal cenário
do comércio e tráfego marítimo da Asia pois,
o transporte de mercadorias e comercio a grande distância teve
origem na India para oeste , via Golfo Pérsico e Mar Vermelho
e para leste até a China e Japão, via Estreito de Málaca.
Cerca
de 43 DC – O Imperador Romano Claudio passa
a se interessar pelas Ilhas Britânicas ,a fim de expandir o
seu Império.
Nero avança nas conquistas da Cornualha e País de Gales
,empregando as galés e galeras pra apoio logístico e
combate .
Ainda nesse Sec I - Claudio Ptolomeu , grego , redige o Guia Geográfico
que até o Sec. XV /XVI , serve de referência para as
Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.
Ele era geógrafo, astrônomo, filósofo, matemático
e morava em Alexandria-Egito , onde usara o acervo da famosa biblioteca
da cidade , compilando os manuscritos de Anaximando que, já
no Sec VI AC afirmava ser o Planeta Terra redondo e sua superfície
curva . Esse Compêndio Ptolomaico ,famoso Guia Geográfico,
fora uma das publicações náuticas usadas nos
estudos e planejamento da Expedição Marítima
de Cristovão Colombo, que pretendia alcançar a Ásia
navegando para oeste .
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte 4
Est
in sidereumintelligunt, ut et spiritusprocellarummarinoctibus
quod Deum sit in Universal Creator
(São nas noites estreladas ou tempestuosas
no mar, que confirmamos a existência de Deus, o Criador Universal)

1595
– O navegador e explorador francês Jacques Riffault navega
da Provincia do Maranhão e Grão Pará para a Europa,
a fim de solicitar o apoio do Rei de França para fundar um
estabelecimento comercial permanente no litoral e terras desse norte.
Deixou por aqui o seu companheiro de viagens Charles de Vaux, junto
com outros franceses comerciantes e armadores.
Durante todo o Sec. XVI, houve várias tentativas, pelos navegadores/exploradores
portugueses, de colonização e ocupação
da Provincia/Capitania do Maranhão e Grão Pará,
devido a presença constante de navegadores/exploradores estrangeiros,
principalmente os franceses.
Destaca-se uma Expedição de conquista e ocupação
das terras do Estado do Maranhão e Grão Pará,
ao norte, que era separado do Estado do Brasil, ao Sul, que partiu
de Pernambuco com dois caravelões e cerca de oitenta homens,
navegando pelo litoral do Nordeste, e tropas por terra.
1604 – Navegadores e exploradores franceses
retornam em suas incursões ao litoral do Maranhão e
Grão Pará, acompanhados, então, de Daniel de
La Touche, Capitão da Marinha francesa e Comissário
Régio. Tinha o propósito maior de verificar a viabilidade
de instalar nessas terras uma Colônia.
Realizam incursões durante seis meses pelo litoral e rios,
alcançando com a Nau Espirit até o litoral da atual
Guiana Francesa sondavam estabelecer a França Equinocial em
nossas águas e terra. Retornando a Europa, houve aceitação
do Rei que doou, através de Carta Patente a Daniel de La Touche
, as terras desde o Rio Amazonas até o litoral nordeste , outorgando-lhe
o Título de Tenente – General dessa conquista, considerando
que conquistou os povos nativos , as tribos tupinambás e tabajaras
1609
- Acontece nova Expedição de reconhecimento
francesa, pelos navios de Daniel de La Touche, preparando a instalação
da França Equinocial nas terras do Maranhão e Grão
Pará, latitudes equatoriais
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte 3
Habeamus
Deum Creatorem nostrum, ut Magister , est Lux Vitae
(Tenhamos
Deus como nosso Criador, como o Mestre, como a luz da vida)

PRIMEIROS INSTRUMENTOS
DE NAVEGAÇÃO E O FOTO
2 - PIONEIRO FAROL DE ALEXANDRIA, NA ILHA DE PHAROS
285
a 100 AC
- Nesse período várias Expedições Maritimas
ocorreram com a participação de navegadores egípcios,
romanos, chineses, gregos, árabes pelo Mar Mediterrâneo,
Mar Egeu, pela Costa Norte Africana, alcançando o Oceano Indico
e Costa da India, realizando comercio marítimo, descobrindo
novas rotas de tráfego e mercadorias.
Cerca
de 100 AC – No Império Romano, Plinio
já estudava a influência da Lua sobre as marés.
Fora comprovado, posteriormente,
que nas baías, golfos e estuários em forma de funil,
aconteciam grandes amplitudes de marés. Ficou comprovado, também,
alterações na amplitude das marés, devido a elíptica
do Planeta Terra em torno do Sol. Assim, quando a Lua em sua translação
passa pelo meridiano local, então ocorre a preamar naquelas
águas e quando passa pelo meridiano oposto àquele local,
então ocorre a baixamar.
As grandes marés, ou de sizígias, marés vivas,
apresentam grandes amplitudes e ocorrem pela conjunção
posicional do Sol e da Lua, enquanto as marés mortas, pequenas
amplitudes, ou de quadratura, ocorrem na oposição posicional
do Sol e da Lua.
Cerca de 55 AC – O navegador grego/egípcio
Eudóxio passa a ser o primeiro navegante a tentar a circunavegação
do Continente Africano, navegando pelo Rio Nilo, Mar Mediterrâneo,
Mar Vermelho, Mar das Arábias, Oceano Indico e Oceano Atlântico.
Cerca de 25 AC –
Augusto, Imperador Romano, determina uma expedição marítima
sob o comando de Aelius Gallus, às Arábias, via Mar
Mediterrâneo, Istimo de Suez e Mar Vermelho. Eram cerca de cento
e trinta embarcações e navios de grande porte, transportando
tropas.
Cerca de 8/4 AC – Nasce em Belém de Judá,
Galiléia, às margens do Rio Jordão, um menino
que se chama Jesus Cristo, considerado o Messias do Reino de Deus.
Viveu na cidade de Nazaré e que se tornaria o salvador da humanidade.
Fora grande admirador do mar e amigo da gente do mar , em especial
dos pescadores do Mar da Galiléia/Lago Tiberíades.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte 2
Aqua
Profluens Et Mare, Pure Naturali Omminium Communia Sunt
(A Água Corrente E O Mar São
Comuns A Todos)

AS FOTOS MOSTRAM O LITORAL
OCIDENTAL DO MARANHÃO E NAVIOS FRANCESES ANCORADAS NA COSTA
MARANHENSE
Cronologia Marítima e Portuária maranhense:
1538 - Inicio do tráfego
marítimo de navios negreiros, entre os portos do litoral ocidental
africano e os portos do litoral brasileiro, incluindo se os portos
da Província/Estado do Maranhão e Grão Pará.
Havia necessidade de mão de obra para trabalhar nas atividades
de lavoura, pecuária e mineração , pois a mão
de obra nativa não se adaptara.
1542 - O navegador francês
Afonso de Chaintongeois, com seus navios, dá continuidade a
exploração francesa do litoral norte, Maranhão
e Grão Pará, alcançando a foz do rio Oiapoque,
rio Pará e foz do rio Amazonas, aportando na atual cidade de
Macapá.
1548 - Mesmo com a criação da Governadoria
Geral da Colonia Brasil, com sede no sudeste, o extremo norte, Maranhão
e Grão Pará, do litoral brasileiro continuou isolado
e pouco povoadopor colonos, devido as dificuldades de sobrevivência
e hostilidades dos nativos. Isso em muito contribuiu para a presença
de expedições estrangeiras, em especial, as francesas
que comercializam nossos produtos extrativos.
1548 - Ainda nesse
ano, nasce em Olinda, Capitania de Pernambuco, Jerônimo de Albuquerque,
mameluco, filho de um português e uma índia. Viria, em
1614, participar da Campanha Milagrosa de Reconquista da Província
do Maranhão e Grão Pará, sob o domínio
francês que aqui se estabeleceram como França Equinocial,
desde o ano de 1612. Venceu a Batalha Naval de Guaxenduba ocorrida
nas águas épicas da Baía de São José,
a leste da Grande Ilha do Maranhão – Upaon Açu
indígena. Com isso, é considerado o Primeiro Comandante
Naval nascido no Brasil.
1554 – Ocorre
a expedição marítima portuguesa de Luis de Melo
à Provincia do Maranhão e Grão Pará com
o propósito de colonizar, mas seus navios encalham nos baixios/recifes
dos Atins, litoral ocidental, próximo a Baía de Cumã.
Fora mais uma tentativa da Metrópole de colonização
desse litoral norte do Brasil.
1555 - Armadores, comerciantes
e navegadores franceses intensificam a presença de navios franceses
no litoral brasileiro, no Sudeste, Nordeste e Norte.
1581 - O navegador português
Diogo Lopes, conhecedor das nossas águas e litoral, inicia
expedição exploratória pelo litoral do Maranhão
e Grão Pará, mostrando presença.
1594 - Nesse ano, os
navegadores e comerciantes franceses intensificam a exploração
e comercialização dos produtos do litoral do Maranhão
e Grão Pará, instalando inclusive feitorias e assentando
colonos. Uma expedição marítima de Jacques Riffault
e Charles de Vaux , após enfrentarem tempestades aportam na
baía de São Marcos e fundam Feitoria na Grande Ilha
do Maranhão, atual Ilha de São Luis. Aqui deixam Charles
de Vaux e Monsieur de Manoir, armador do porto de Dieppe. Já
se cogitava, desde então, estabelecer a França Equinocial
em nossas terras.
“Navigar
e necesse; Vivere non est necesse” (Navegar é preciso;
Viver não é preciso)
Pompeu General Romano 106/48 AC
para os marinheiros amedrontados que recusavam viajar durante a guerra
Cronologia
Marítima/Portuária Mundial
1490/1480 AC – Navegadores
egípcios realizam expedições marítimas
pelo Mar Vermelho, com frotas de várias embarcações,
alcançando o Golfo de Aden;
1480 AC - Realizada
uma grande Expedição Maritima pelos navegadores cartagineses,
pelo Mar Mediterrâneo ocidental, costa ocidental da África,
zarpando do Porto de Cartago, Mar Mediterrâneo, litoral norte
da África, com cerca de 60 navios, em missão colonizadora.
Cruzam o Estreito de Gibraltar/Colunas de Hercules, navegam pelo litoral
ocidental africano e alcançam a Foz do Rio D’Ouro naquele
litoral.
1330/1300 AC –Os
navegadores egípcios passam a fazerem uso de cartas/mapas náuticos
da calha do rio Nilo e terras adjacentes-litoral por onde navegavam
.Definiame nominavam as ilhas , costa , rios , lagos e águas
dos mares navegados.
900/800 AC - Os navegadores
fenícios, devido a evolução no navegar e na construção
naval de suas embarcações, se aventuraram para além
do Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho cruzando com suas frotas o
Estreito de Gibraltar em busca do Mar Oceano, o Mar Tenebroso.
Sec VIII AC – Surgimento dos Escritos do grego
Homero sobre História Marítima;

OS MAPAS MOSTRA O MAR MEDITERRÂNEO
E O PORTO DE PIREAUS, NA CIDADE ANTIGA DE ATENAS
Sec VIII AC - Os egípcios
iniciam o planejamento e construção de um imprescindível
canal artificial em Suez, para ligarem as águas do Mar Mediterrâneo
às águas do Mar Vermelho, iniciando com transbordamento
intermediário. Somente foi concluído em 280 AC por Ptolomeu
Filadelfo.
Cerca de 700 AC – Os gregos constroem molhes/cais/berços
no Porto de Pireaus/Atenas sendo, assim, considerado o primeiro porto
organizado do mundo. As embarcações passaram a dispor
das facilidades portuárias para suas operações
de carga e descarga das mercâncias, atracadas.
Cerca de 610/595 AC – Uma Expedição
Marítima Fenicia navega pelo litoral africano de leste para
oeste via Mar Vermelho, Mar Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar/Colunas
de Hércules, em missão exploratória e comercial.
Sec VI AC – O
Imperador Persa Dario, por ser um entusiasta do mares e de descobrimentos
marítimos, determinou que fossem realizados estudos marítimos/portuários
dos litorais e águas desde Suez, para leste, pelo Mar Vermelho
até o Oceano Indico.
Sec. IV AC – Existência do Porto de Óstia,
na foz do Rio Tibre, na Península Itálica, que abastecia
Roma, em especial de sal, imprescindível para a conservação
de alimentos; fora um porto sem molhes/cais, pois as embarcações
operavam ancoradas.
Cerca de 330 AC – Fundação da
cidade porto de Alexandria, no Egito, em homenagem a Alexandre, o
Grande.
Cerca de 300 AC - Platão
já comentava com seus discípulos sobre um lendário
Continente que submergia das águas oceânicas, além
das Colunas de Hércules/Estreito de Gibraltar. Persistia na
existência de terras para oeste e para o Sul, citadas nos escritos
de Aristóteles, o grego .

MAPA CEDIDO POR WILLIAM THOMAS
História Marítima e Portuária
Maranhense
Mare Nostrum, Mare Clausum e Mare
Liberium
Desde o Século XV que navegantes de vários portos do
mundo se aventuravam em expedições marítimas
rumo a leste, oeste e sul, buscando oásis pesqueiros, rotas
marítimas, novas possessões e novos mercados e mercadorias
para comercializarem. Com a aportagem dos navios de Cristovão
Colombo nas águas de um novo Continente nominado, posteriormente,
de América, comprovando a existência de terras a oeste,
mais expedições marítimas foram realizadas para
o ocidente e para o sul do Equador Terrestre, muitas delas aportando
em terras do atual Brasil, em especial o litoral Nordeste e Norte,
incluindo-se a costa do Maranhão e Grão Pará
, pois aproveitavam os ventos alísios de Nordeste que bafejavam
e impulsionavam as velas das suas embarcações, rumando-as
para esses litorais.

MAPA CEDIDO POR WILIAM THOMAS
Assim
tivemos, entre outras expedições marítimas:
1492
- Expedição colombina a ilhas da atual América
Central. Posteriormente, outras expedições colombinas
alcançaram o rio Orinoco, na costa da atual Venezuela que pela
sua grande vazão, confirmava provim de um continente e não
de uma ilha; confirmava, também, a existência de terras
ao Sul Equatorial.
1493 - O navegador português
João Coelho noticiava após as suas navegadas a existência
de terras a oeste e no Hemisfério Sul terrestre. Provavelmente
terras do atual Brasil e do litoral Nordeste e Norte, as do Maranhão
e Grão Pará.
1497/98 - Expedição
marítima do Almirante português Vasco da Gama, aproximando-se
de terras ao Sul do Equador terrestre e a Oeste, provável terras
do Nordeste, que serviriam de orientação para a aportagem
em nossa costa da Esquadra do Almirante português Pedro Álvares
Cabral, em abril de 1500, para tomar posse.
1498 - Presença
do navegador francês pelo litoral Norte do atual Brasil, Jean
Cousin de Dieppe, adotando a doutrina do Mare Liberium. Nesse ano,
também, o navegador português Duarte Pacheco navega por
esse litoral Norte avistando terras, Maranhão e Grão
Pará e alcançando a Foz do rio Amazonas.
1503/1510 - O navegador
português João de Lisboa navega e explora o litoral do
Maranhão e Grão Pará, como Piloto de várias
expedições marítimas.
1504 - A partir desse
ano navegadores franceses trafegam pelo litoral norte do Brasil com
bastante freqüência, em várias expedições
marítimas exploratórias.
1512/13 - O navegador
português Estevam de Froes, esteve com seus navios na costa
do Maranhão e Grão Pará, tendo um dos seus Pilotos
Diogo Ribeiro adentrado a atual Baía de São Marcos,
Golfão maranhense, chegando até a Ilha da Trindade,
a Upaon Açu indígena e atual Ilha de São Luis
do Maranhão.
1524 -
Navegadores e Armadores franceses do porto de Dieppe exploram o pau
Brasil e outros produtos regionais na costa do Brasil, inclusive o
litoral do Maranhão e Grão Pará, com o apoio
dos nativos/indígenas ancorando em águas abrigadas da
inúmeras baias do litoral Norte, a costa de rias.
1535/36 - Como pioneira
tentativa de colonização portuguesa das terras e águas
do Maranhão e Grão Pará, chega ao nosso litoral
navios da Expedição de Aires da Cunha/João de
Barros. Na Foz do rio Periá/Cavalos e barra da Baía
de São José – Coroa.
Grande e Recifes - alguns
navios naufragam mas alcançam a Barra da Baia de São
Marcos e adentram o Golfão maranhense até a Ilha do
Medo e Canal do Boqueirão. Mas há naufrágios
e os náufragos aterram na atual Ponta do Boqueirão,
Praia da Guia e Ponta do Bonfim, onde fundam um povoado denominado
de Nazaré, já na Grande Ilha do Maranhão, em
frente a Barra do Porto, na Foz dos atuais rios Anil e Bacanga. Destaca-se
que esse ancoradouro de águas abrigadas na foz desses citados
rios, serviu como porto principal por centenas de anos até
ser transferido pra enseada do Itaqui. Esse povoado sobrevive até
o ano de 1538, pois sendo acossados pelos nativos e pelas dificuldades
de sobreviver, conseguiram retornarem a Portugal
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História
Marítima/Portuária Mundial
Omnia
punctus erat centrum (no principio tudo era mar)
Fatos
históricos e suas inserções no tempo sempre fascinaram
a mente dos seres humanos, fazendo-os navegarem pelas águas
do passado, buscando compreenderem melhor o presente e prepararem-se
para um futuro promissor. Por essa razão, vamos utilizar este
espaço para divulgar esses fatos históricos, desde a
era primitiva da humanidade, pré–história, antiguidade,
idade média, idade moderna/renascimento e idade contemporânea,
etc.

Com
a descoberta da utilização do pano/vela para auxiliar
os navegadores teve o início da propoulsão eólica
na navegação do mundo. Desse modo, grandes embarcações
passaram a usar somente as velas, aproveitando de forma cada vez mais
eficiente a força e a direção dos ventos. Antes,
o que se via eram embarcações cada vez maiores para
transporte de cargas e/ou pessoas movidas a remo, ou, de forma mais
primitivas ainda, o uso de troncos de madeiras amarrados uns aos outros
formando pequenas embarcações que mais tarde seriam
chamadas de jangadas, para transporte do navefgante e sua família.

*** Cerca de 15000 AC –Inicio das primeiras
expedições maritimas com uso de jangadas/canoas;
*** Cerca de 7250 AC – Inicio das primeiras
viagens maritimas com fins comerciais, usando embarcações
a remo, pelo mar egeu em navegação de cabotagem ;
*** Cerca de 4000 AC – Os egipcios desenvolvem
a construção naval para navegarem e comercializarem
pelo mar mediterrâneo;
*** Cerca de 3000 AC – Navegadores egipcios
passam a fazerem uso da vela em suas embarcações, capacitando-as
a fazer uso da força do vento-eólica;
*** Cerca de 2000 AC – Inicio da navegação
maritima de longo curso entre a Polinésia e a atual Australia;
*** Cerca de 1790 AC – Criado o código
de Hammurabi, na Babilônia, onde se estabelece regras de navegação
marítima/fluvial, de construção naval , de afretamento
de embarcações e sobre a praticagem maritima e fluvial
;
*** Cerca de 1500 AC – Os fenicios passam a
se sobressaírem na construção naval e navegação.